O Ministério Público do Equador iniciou na quinta-feira uma investigação sobre o alegado crime de pornografia, na sequência da divulgação de vídeos pornográficos de alunos de uma escola de Quito feitos com inteligência artificial (IA).
O caso faz lembrar o ocorrido em Espanha, onde onze raparigas denunciaram a circulação de fotografias suas nuas geradas por IA. Os alegados autores do crime manipularam as fotografias das adolescentes sobrepondo os seus rostos sobre os corpos despidos de outras pessoas.
O inquérito no Equador foi aberto “ex officio” por “a divulgação de imagens e vídeos de alunos numa unidade de ensino do #Quito, modificados com recurso a IA”, afirmou o Ministério Público na sua conta X, antigo Twitter.
O caso foi denunciado nas redes sociais por Sybel Martínez, representante do Grupo Rescate Escolar, um programa que luta contra o bullying nas escolas e colégios.
Martinez denunciou no X que os adolescentes realizaram através da IA “cerca de 700 vídeos de conteúdo sexual e eróticotirando fotografias de 20 a 24 das suas colegas de turma.
Os familiares das pessoas envolvidas e a escola não comentaram o assunto, nem o Ministério da Educação.
De acordo com Martínez, os adolescentes envolvidos “foram retirados da instituição por sua livre vontade“.
O fabrico de pornografia com crianças e adolescentes é punível no Equador. até 16 anos de prisão.