“Trinta e quatro oficiais foram mortos, incluindo o comandante da Frota Russa do Mar Negro”, publicaram as forças especiais ucranianas na segunda-feira (25.09.2023) no serviço online Telegram, referindo-se ao ataque ao quartel-general da frota russa do Mar Negro em Sevastopol, na península de Crimeia anexada por Moscovo, liderada pelo Almirante Viktor Sokolov.
“Cento e cinco outros ocupantes ficaram feridos. O edifício do quartel-general não pode ser reparado”, acrescentou a mesma fonte.
O exército ucraniano reivindicou a responsabilidade pelo ataque aéreo de sexta-feira.
A agência noticiosa AFP, que recolheu a história, alertou para o facto de não estar em posição de verificar estas alegações, uma vez que a Rússia quase nunca comunica as suas baixas na Ucrânia, mesmo quando envolvem oficiais de alta patente.
“O comando das forças especiais ucranianas afirma que o comandante da frota russa do Mar Negro foi um dos 34 oficiais mortos no ataque ao quartel-general da frota em Sevastopol. Se estiver vivo, deverá aparecer nos meios de comunicação russos a qualquer momento. Veremos”, reagiu Yaroslav Trofimov, correspondente-chefe para os Negócios Estrangeiros do Wall Street Journalcitando na rede social X (antigo Twitter), a mensagem publicada pelas autoridades ucranianas no Telegram.
A Rússia disse na sexta-feira que apenas um militar estava desaparecido após o ataque, que danificou fortemente o quartel-general da da sua frota do Mar Negro.
A Ucrânia intensificou as suas operações contra as forças russas que controlam a Crimeia nas últimas semanas, com ataques utilizando drones e mísseis navais e aéreos que destruíram com sucesso sistemas de defesa e danificaram navios e submarinos militares russos, de acordo com vários porta-vozes de Kiev.
Este ataque demonstra as dificuldades da defesa aérea russa em parar o bombardeamento regular da península ucraniana, que foi anexada em 2014 pela Rússia e é um importante centro logístico para as tropas de Moscovo.