A defesa do antigo presidente da Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) vai apelar à recusa e transferência do julgamento pela sua tentativa de subverter as eleições de 2020 para um tribunal fora de Washington DC, porque acredita que o juiz Tanya Chutkan não é imparcial.anunciou o antigo Presidente no domingo (06.08.2023).
“Não há como eu ter um julgamento justo com o juiz ‘designado'”, disse o republicano em um post nas redes sociais, no qual ele opinou que o caso em que ele é acusado é “ridículo”. “Toda a gente sabe disso e ela também! Vamos pedir imediatamente a demissão desta juíza por motivos muito fortes e, da mesma forma, mudar o local do julgamento, para fora de DC”, acrescentou.
Trump também insultou novamente o procurador especial do caso, Jack Smith, a quem chamou “louco”e reiterou que o Departamento de Justiça o está a investigar como o principal “opositor” do Presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, nas eleições do próximo ano.
Trump compareceu no tribunal federal do Distrito de Columbia na quinta-feira. onde se declarou inocente de quatro acusações criminais, com penas até 20 anos de prisão, por tentar inverter as eleições de 2020, que perdeu para Joe Biden, e instigar o assalto ao Capitólio.
Os promotores acusam-no de mentir deliberadamente quando alegou falsamente fraude eleitoral e de conceber um plano para reverter os resultados das eleições que levaram à invasão do Capitólio em 2021, quando uma multidão de seus apoiantes atacou o Congresso para impedir a ratificação da vitória de Biden.
Numa entrevista à CNN, John Lauro, advogado do antigo presidente, negou que Trump participou numa “conspiração” contra as eleições e argumentou que tudo o que fez foi “protestar” contra os resultados das eleições, o que está protegido pela “liberdade de expressão”.
Também rejeitou como punível a pressão que Trump exerceu sobre o seu vice-presidente, Mike Pence, para que, como presidente do Senado, impedisse a ratificação da vitória de Biden no Congresso.