Um político do partido do presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, foi morto a tiro na quinta-feira, perto da fronteira com o México, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas, noticiaram os media e o próprio grupo político.
O ataque ocorreu em uma estrada da aldeia indígena de San Pedro Necta (oeste), segundo a imprensa local.
A vítima foi identificada como Aníbal Ramírez, candidato em junho passado a administrador da corporação municipal dessa cidade. Maya para o Movimento Semilla do Presidente eleito Arévalo.
Mercy Morales também foi morta no ataque, a mulher de Ramírez que o acompanhava numa carrinhaconfirmou os líderes da Semilla.
“Aníbal era um cidadão empenhado em transformar a sua comunidade, sempre usando a sua voz para denunciar a corrupção. Hoje, a violência sangrenta tirou-lhe a vida e à sua mulher, Mercy”, escreveu a deputada da Semilla, Ligia Hernández, na rede X (antigo Twitter).
“A partir do Movimento Semente exigimos que os responsáveis sejam encontrados. deste crime hediondo, para que se lhes faça justiça.“, acrescentou a congressista.
O partido Semilla está a ser investigado pelo Ministério Público (Fiscalía), liderado pela Procuradora-Geral Consuelo Porras, por alegadas irregularidades no registo de filiados para a sua criação em 2017.
As investigações, lideradas pelo procurador Rafael Curruchiche, foram descritas pelo líder da oposição Arévalo como um “golpe de Estado”. para o impedir de tomar posse a 14 de janeiro.
Porras e Curruchiche são sancionados pelos Estados Unidos, que os juntaram a uma lista de lista de personagens “corruptas” da América Central.
As acções da Procuradoria-Geral da República foram rejeitadas pela comunidade internacional, que apelou ao respeito pelo resultado do escrutínio presidencial de 20 de agosto, no qual Arévalo, ccom uma forte mensagem anti-corrupçãoderrotou a antiga primeira-dama Sandra Torres.