Na segunda-feira, o Peru ofereceu uma recompensa de cerca de 132 mil dólares por informações que levem à captura do fugitivo venezuelano Héctor Guerrero, líder da organização criminosa Tren de AraguaO Ministro do Interior, Vicente Romero, anunciou que não lhe seria permitida a entrada em território peruano.
“Já está ao nível das recompensas neste momento, 500.000 soles é o que vai ser recompensado ao cidadão que denunciar a entrada deste líder de El Tren de Aragua“, disse o alto funcionário.
A polícia peruana está a trabalhar com as autoridades policiais da Venezuela, Colômbia, Equador e Chile para localizar e capturar o líder criminoso “El Niño” Guerreroacrescentou o Ministério do Interior.
A polícia anunciou que tinha reforçado os controlos de imigração com o Equador e destacou cerca de 385 agentes para a cidade fronteiriça de Tumbes.
O governo venezuelano confirmou na sexta-feira a fuga de ‘El Niño’ Guerrero, três dias depois de as autoridades terem apreendido uma prisão controlada pelo bando criminoso que actua em vários países da América Latina, incluindo o Peru.
De acordo com uma ONG que defende os direitos humanos dos reclusos, o Observatório Venezuelano das Prisões (OVP), os líderes do “Comboio de Aragua” fugiram para o estrangeiro antes de os militares e a polícia ocuparem a prisão de Tocorón, no Estado de Aragua (centro-norte da Venezuela).
Mais de 11.000 forças de segurança, com o apoio de veículos blindados, ocuparam na passada quarta-feira a prisão que que servia de centro de operações da quadrilha.
Os “pranes”, como são chamados na Venezuela os líderes dos reclusos nas prisões, tinham tal controlo que construíram na prisão uma espécie de cidadela com uma discoteca de luxo, um jardim zoológico e um campo de basebol.