“Continuo a ficar impressionado com a falta de controlo do Estado”, afirmou o deputado Jaime Mulet, referindo-se à ligação entre a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) e os seus clubes e as casas de apostas desportivas que patrocinam os dois torneios nacionais e a maioria das equipas nacionais.
“As apostas desportivas no Chile são ilegais, civil e criminalmente, É por isso que existe uma lei para a lotaria, a Polla, os casinos e os hipódromos”, afirmou o parlamentar no programa Circulo Central da TV+.
Mulet referiu-se à interpelação feita pelo Ministério da Justiça à ANFP, dando um prazo de 30 dias à organização de futebol para resolver a questão dos seus contratos com empresas de apostas desportivas, considerando que as suas acções no Chile são ilegais.
A gestão das autoridades e do Estado
“Penso que, pela primeira vez, o Estado está a agir de forma decisiva e vejo o Ministério da Justiça muito empenhado. Felicito o ministro, e também Jaime Gajardo, o subsecretário, que tem estado envolvido nisto”, disse ele.
O deputado disse ainda que “estou e continuo a estar impressionado com a falta de controlo por parte do Estado, porque há a Receita Federal, que a certa altura agiu. No início, cobraram IVA e ficaram entusiasmados com isso, por causa da lei que cobrava impostos sobre as plataformas de streaming, mas foi aí que entraram as casas de jogo, que o SII declarou ilegais, porque não estão autorizadas por lei”.
De passagem, Mulet aludiu a um relatório que apresentou ao Ministério da Justiça sobre uma série de irregularidades, de situações fraudulentas, como as vividas pelo Deportes Vallenar em 2018 e pelo Deportes Copiapó em 2022. “O futebol chileno sofre de uma total falta de transparência”., diz ele.
Sobre o futuro da ação tomada pelo Ministério da Justiça, argumentou que “podemos avançar, porque, teoricamente, algum grupo de pessoas ou proprietários de clubes poderia criar uma empresa e acabar com a ANFP. Poderia ser, embora ficassem sem a relação com a CONMEBOL e a FIFA.