O antigo diretor executivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, foi condenado a 17 meses de prisão

A poucos dias de completar 93 anos, o antigo presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, foi condenado a 17 meses de prisão, Bernie Ecclestonevai ter de pagar uma pena de prisão de 17 meses por ocultação de informação e pagamento de impostos. No início do julgamento, o executivo inglês disse que não sabia que tinha de testemunhar sobre os movimentos dos seus milhões e agora, numa tentativa de reduzir a pena (como acabou por acontecer), ele próprio se declarou culpado nas últimas horas.

A pena, que poderá ser suspensa se não reincidir, obriga ainda Ecclestone a pagar 756 milhões de euros ao Tesouro britânico, depois de se ter declarado culpado de ter escondido 460 milhões de euros do Tesouro.

“O Sr. Ecclestone não sabia exatamente como estava estruturada a propriedade destas contas. Por conseguinte, não sabia se tinha de pagar impostos, juros ou penalizações relativamente às transferências entre contas. O Sr. Ecclestone reconhece que foi um erro responder às perguntas, porque isso poderia levar o HMRC a deixar de investigar os seus assuntos. Agora, aceita que teria de pagar impostos sobre esse facto”, declarou na quinta-feira o procurador responsável pelo processo penal.

Acordo Bernie Ecclestone

A estratégia do bilionário britânico de se declarar culpado na quinta-feira, 12 de outubro, num tribunal de Londres, reduziu o número de meses de prisão. A investigação sobre a fraude começou em julho de 2015.

Concretamente, Ecclestone acordou com as Finanças o pagamento de 460 milhões de euros, um valor elevado de penalização por impostos não pagos nos últimos 18 anos, diminuindo assim significativamente a pena de 17 meses de prisão, que fica suspensa nos próximos dois anos.

Segundo o tribunal, Ecclestone não declarou um trust em Singapura, com uma conta bancária de cerca de 400 milhões de libras, e também mentiu ao Tesouro britânico quando este o questionou sobre o assunto numa reunião em 2015.

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