nicolas maduro "Não tem de quê"Maduro diz que após acordo EUA-Venezuela repatriará cidadãos venezuelanos

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saudou esta segunda-feira o acordo anunciado pelos Estados Unidos com o seu governo para o “repatriamento direto” de cidadãos venezuelanos do território americano.

O acordo permitirá “regularizar a questão da migração e poder receber na Venezuela um grupo de migrantes que não cumprem as condições legais nos Estados Unidos para permanecer no seu território”, disse Maduro no seu programa semanal na televisão estatal. “Todos os cidadãos venezuelanos são bem-vindos”.

Washington comunicou o acordo com Caracas para retomar as deportações na passada quinta-feira, quando o Presidente democrata Joe Biden, candidato à reeleição em 2024, está sob forte pressão, não só dos republicanos, que o acusam de ter provocado uma crise na fronteira com o México, mas também dos democratas responsáveis por cidades sobrecarregadas de migrantes, como Nova Iorque ou Chicago.

Os repatriamentos serão efectuados com voos directos através do programa “Regresso à Pátria”, o plano do governo venezuelano para o regresso dos migrantes que, segundo Maduro, já trouxe mais de 400.000 venezuelanos de volta ao país das Caraíbas. de vários países da América Latina.

A ONU estima que mais de sete milhões de venezuelanos tenham migrado fugindo da de uma grave crise política e económica.

Maduro questiona o número, afirmando que cerca de dois milhões abandonaram o país e culpando as sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos para o tentar expulsar do poder. O presidente estima que um milhão tenha regressado.

A patrulha fronteiriça dos Estados Unidos interceptou mais de 100.000 venezuelanos na fronteira com o México desde maio até ao final de agosto deste ano. O número foi de cerca de 43.000 no mesmo período em 2022.

Neste contextoBiden ofereceu proteção de imigração a 472.000 cidadãos venezuelanos durante 18 meses para que possam obter autorizações de residência e de trabalho, mas só se aplica aos que chegaram ao país antes de 31 de julho de 2023. Aqueles que chegaram depois dessa data e não têm “uma base legal” para permanecer nos EUA serão removidos.

Maduro acusou sectores da oposição venezuelana de promover a migração com “redes de coiotes” em toda a América Latina, culpando, entre outros, os exilados. líderes Leopoldo López e Juan Guaidósem apresentar provas.

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