Johnny Herrera apontou a origem dos problemas que colocam Sampaoli na corda bamba no Flamengo: “Ele não tem filtro nenhum. É pior do que eu.

Johnny Herrera revelou esta semana detalhes dos motivos que teriam levado o técnico Jorge Sampaoli a entrar em crise esportiva no seu atual clube, o Flamengo, onde não conseguiu consolidar seu estilo de jogo nem conquistar títulos.

Foi no programa “Todos somos técnicos”, da TNT Sports.onde o antigo guarda-redes da U U apontou a personalidade de Casildense como o principal problema na sua atual relação com os jogadores, dirigentes e adeptos do Flamengo no Rio de Janeiro.

Análise de Johnny Herrera

“Tem uma personalidade especial. Já tive a oportunidade de aconselhar pessoas que trabalharam com ele. Ele coloca a vitória à frente de uma relação com os jogadores, afectuosa, com os membros do clube”, começou por dizer o membro do painel da TST, que teve Sampaoli como treinador durante a sua bem sucedida passagem pela La U e pela seleção chilena.

“Ele é drástico na hora de fazer exigências e isso trouxe-lhe problemas no dia a dia”, insistiu Herrera, que até se aventurou a apontar que os modos e o tratamento do argentino são ainda piores do que os seus.

“Ele é muito direto, não tem filtro nenhum. É pior do que eu. Isso acaba por ter consequências para ele”, acrescentou.

“Johnny Herrera criticou Berizzo sem piedade e mandou um recado a Vidal após o empate com o Chile

“Mas Johnny, cresce”: os membros do painel TNT Sports queixaram-se a Herrera da sua falta de objetividade em relação à La U

“É preciso ter as coisas claras quando o contratamos. Não se está a contratar um relações públicas. Vai ser o impossível com o aproveitamento dos clubes onde ele está”, argumentou o sportinguista, que exemplificou o estilo de Sampaoli, recordando um episódio polémico com o Chile quando treinou a Roja na Copa América de 2015.

“Ele não se importa com o que o próximo lhe diz. Como no caso de (Arturo) Vidal na Copa América, todos nós que o conhecíamos sabíamos que, se Vidal estivesse bem, ele ia voltar e dar-lhe uma palmada no pulso, mas ele sempre o quis em campo. O que acontece fora do relvado não é tido em conta.

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