Presidente dos EUA, Joe Bidendenunciou o Hamas na terça-feira, qualificando o ataque surpresa lançado pelo grupo militante palestiniano como “ato de pura maldade“e sublinhou o apoio dos Estados a Israel, que está a chorar a morte de mais de 1.000 pessoas.
Biden manifestou também a sua preocupação com os americanos feitos reféns pelo Hamas, um grupo islâmico apoiado pelo Irão, cujo objetivo declarado, segundo ele, é “matar judeus”..
“Há momentos nesta vida, e digo-o literalmente, em que o mal puro e não adulterado é libertado neste mundo. O povo de Israel viveu um desses momentos este fim de semana”, disse Biden aos jornalistas na Casa Branca. Pelo menos 11 americanos foram mortos nos ataques e cerca de 20 estão desaparecidos..
Biden falou de relatos arrepiantes de “pais chacinados”, “bebés assassinados”, “famílias inteiras chacinadas” e “famílias inteiras mortas”.mulheres violadas, agredidas e exibidas como troféus”.“.
O Hamas ameaçou executar reféns, incluindo sobreviventes do Holocausto nazi, ao violar “todos os códigos de moralidade humana“. Acrescentou ainda que a brutalidade e a “sede de sangue” do grupo faziam lembrar os “piores excessos” do Estado Islâmico.
“Isto é terrorismo, mas, infelizmente para o povo judeu, não é novo”, disse Biden, que observou que o incidente trouxe à superfície memórias do antissemitismo e do genocídio do povo judeu.
Numa aparente referência ao Irão e a grupos apoiados pela República Islâmica, como o Hezbollah no Líbano, Biden disse que tinha uma mensagem para qualquer país ou organização que pensasse em tirar partido da situação: “Não vou deixar que tirem partido da situação.Só tenho uma palavra: não o façam“.
Israel bombardeou a Faixa de Gaza na terça-feira, nos ataques aéreos mais ferozes dos seus 75 anos de conflito com os palestinianos, arrasando bairros inteiros, apesar da ameaça dos militantes do Hamas de executar um prisioneiro por cada casa atingida sem aviso..
Os Estados Unidos não tencionam enviar forças militares americanas para o terreno, disse o porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, aos jornalistas. Israel convocou 300.000 dos seus próprios reservistas, um número sem precedentes.
A embaixada de Israel em Washington declarou que o número de mortos dos ataques do Hamas no fim de semana ultrapassou os 1.000, superando todos os ataques islamistas modernos contra o Ocidente, exceto o 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
AMERICANOS DESAPARECIDOS
Vinte ou mais americanos estão desaparecidos depois do ataque do grupo islâmico palestiniano Hamas a Israel durante o fim de semana, que deixou centenas de mortos, disse o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, na terça-feira.
Sullivan disse que não se sabe quantos dos que ainda estão desaparecidos estão a ser detidos ou mantidos como reféns.
“Acreditamos que há 20 ou mais americanos que, nesta altura, estão desaparecidos.mas quero sublinhar e enfatizar que isso não significa necessariamente que haja 20 ou mais reféns americanos. Esse é simplesmente o número que está atualmente desaparecido”, disse Sullivan aos jornalistas.