Milhares de jovens, israelitas e estrangeiros, dançaram até de madrugada no sábado, no sul de Israel. Israelperto do Faixa de Gazaquando os comandos do grupo islamista palestiniano Hamas surpreendeu-os e matou a tiro 250 pessoas (260, segundo outros meios de comunicação).
Os voluntários chamados a recuperar os corpos na segunda-feira recordaram, chocados, a paisagem macabra deixada no rescaldo do atentado.
“Chacinaram pessoas a sangue frio, de uma forma absolutamente inconcebível”, disse Moti Bukjin, porta-voz da Zaka, uma organização especializada em primeiros socorros e na recuperação e identificação de corpos de acordo com a lei judaica.
“Chegaram ao ponto de matar pessoas que estavam nos seus carros”, disse à AFP.
Os jovens estavam reunidos perto do kibutz de Reimuma região remota no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
A festa transformou-se em drama quando um milhar de combatentes do Hamas lançou uma ofensiva maciça contra Israel na manhã de sábado, infiltrando-se no território através de veículos, barcos e até parapentes.
Noa Argamani, outro refém do Hamas?
Um vídeo amplamente difundido nas redes sociais mostra alguns desses parapentes a sobrevoar o festival. Noutros vídeos, que a AFP não conseguiu verificar, vêem-se vários jovens a fugir para os seus veículos no meio dos tiros.
Muitos participantes foram mortos e outros foram feitos reféns. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma mulher de 25 anos, identificada como Noa Argamanipedindo ajuda na parte de trás de uma mota, enquanto era raptada.
Conforme publicado por The New York TimesThe New York Times, um familiar da mulher confirmou que era ela e que o homem que está detido enquanto ela é raptada é o seu namorado.
Especificam ainda que, quando o Hamas chegou, ambos tentaram esconder-se antes de serem feitos reféns. Este facto foi comprovado por uma mensagem de Whatsapp enviada pelo namorado de Noa a pedir a um amigo que os soldados israelitas viessem resgatá-los.
“Diz-lhes que há um bando de 20 homens que procuram pessoas que estão escondidas e que as lincham”, diz um dos textos, que também terá sido publicado no Facebook.
Um primo também conseguiu localizar a rapariga através da aplicação Find My iPhone na zona de Gaza, mas desde então não conseguiu obter mais informações ou contactos dos seus captores.
Outro vídeo mostrava uma mulher com as mesmas roupas que Noa, mantida em cativeiro pelo Hamas. Embora membros da família tenham dito que era ela, o New York Times não conseguiu corroborar a veracidade deste facto em particular.