O antigo presidente da Estados Unidos da América Donald Trump (2017-2021) prometeu na terça-feira (13.06.2023) que irá nomear um procurador especial para investigar o actual presidente, Joe Biden, se ganhar as eleições presidenciais de 2024.
“Nomearei um verdadeiro procurador especial para acusar o presidente mais corrupto da história dos Estados Unidos da América, Joe Bidene toda a família criminosa Biden”.disse Trump durante um evento de campanha em Nova Jersey, depois de ter sido acusado num tribunal de Miami (Florida) no caso dos documentos confidenciais.
O antigo presidente já tinha publicado uma mensagem semelhante na sua conta Truth Social horas antes da sua comparência no tribunal.
Em seu discurso na terça-feira, Trump repetiu uma série de desqualificações contra o Departamento de Justiça dos EUA e o promotor especial Jack Smith, que está encarregado do caso dos documentos.
O antigo presidente afirmou que Smith está envolvido em “assassinatos políticos” e que a decisão do Departamento de Justiça de o processar tem motivações políticas.
Defendeu também a sua autoridade para desclassificar material sensível à vontade e disse que outros presidentes, como os antigos presidentes Bill Clinton e George W. Bush, também cometeram erros semelhantes sem serem acusados de qualquer crime.
Cantam os “parabéns” a Trump
Trump foi detido e acusado na terça-feira no tribunal federal de Miami por acusações relacionadas com a retenção de documentos confidenciais na sua mansão da Flórida, acusação sobre a qual se declarou “inocente”.
Antes de se dirigir para Nova Jersey, o antigo presidente parou num conhecido café cubano no bairro de Little Havana, onde foi recebido por dezenas de apoiantes e jornalistas que captaram o momento em que vários apoiantes cantaram os parabéns ao antigo presidente, que faz 77 anos amanhã, quarta-feira.
Durante o seu discurso em Nova Jersey, Trump voltou a ouvir cânticos de “parabéns” e disse que a celebração de amanhã será “a melhor de sempre”.
Trump tornou-se hoje o primeiro presidente ou antigo presidente dos Estados Unidos a ser objecto de uma acusação federal. É acusado de 37 crimes de manipulação de documentos confidenciais em Mar-a-Lago, a sua mansão no sul da Florida, depois de ter deixado a Casa Branca.