A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou na sexta-feira, pela primeira vez, um comprimido para o tratamento da depressão pós-parto, uma doença que se acredita afetar cerca de cerca de meio milhão de mulheres por ano nos EUA.
O medicamento antidepressivo, lchamado zuranolonaé “o primeiro medicamento oral indicado para tratar a depressão pós-parto (DPP)”, afirmou a FDA num comunicado.
“Até agora, o tratamento para PPD só está disponível como uma injeção intravenosa administrada por um profissional de saúde em alguns centros de saúde”, acrescenta o texto.
Dr. Asima Ahmad, diretor médico do centro de saúde Carrot Fertility em Menlo Park, Califórnia, disse que cerca de “uma em cada oito mulheres experimentam sintomas de PPD após um parto recente e, entre aqueles que relatam sintomas, uma em cada oito mulheres experimentam sintomas de PPD após um parto recente”, disse ela.n 75% não recebem tratamento“.
“Numa altura em que assistimos ao aumento das taxas de mortalidade materna e a disparidades raciais significativas nos resultados maternos, temos de nos concentrar em soluções, o que inclui abordar a depressão pós-parto“, acrescentou.
A pílula, concebida especificamente para a doença, tem demonstrado actua mais rapidamente do que outros antidepressivos e destina-se a ser tomado num curto período de duas semanas.
Os ensaios do medicamento demonstraram efeitos secundários menos graves do que os de outros antidepressivos atualmente utilizados, que podem levar à perda súbita de consciênciaganho de peso ou disfunção sexual, disse Ahmad.
O chefe de psiquiatria no Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas da FDA, Tiffany Farchione, explicou que PPD é uma “condição grave e potencialmente fatal em que as mulheres sentem tristeza, culpa, sentimentos de inutilidade e até -em casos graves – pensamentos de se magoar a si própria ou ao bebé.
A pílula, desenvolvida pela Sage Therapeutics, será comercializado com o nome de Zurzuvae e o seu preço ainda não foi anunciado ao público.