Esta sexta-feira, foi revelada uma nova polémica no futebol chileno com Fernando Felicevich como protagonista. Matías Campos Toro, um futebolista reformado, intentou uma ação judicial contra o empresário argentino, bem como contra o seu braço direito Daniel Behar, acusando-o de apropriação indevida.
De acordo com as informações a que teve acesso Meganoticiaso antigo lateral esquerdo do Audax, UC e La U, entre outros clubes, apresentou uma queixa a 18 de junho no 4º Tribunal de Garantia de Santiago, na qual acusa Felicevich e Behar de reterem 122 mil euros, o equivalente a mais de 112 milhões de pesos chilenos.
Esse montante corresponderia a pagamentos dos clubes Granada de Espanha e Udinese de Espanha, aos quais Campos Toro pertencia, nas épocas 2014-2015, 2015-2016 e 2016-2017.
Na queixa acima referida, Matías Campos Toro explicou como começou a trabalhar com Fernando Felicevich, para depois apresentar a sua acusação de alegada apropriação indevida, bem como apontar para uma possível evasão fiscal. “Entre os empresários que se aproximaram de mim para me oferecer a sua representação, estava o arguido Fernando Felicevich e o seu assistente direto e confidente, também arguido, Daniel Alberto Behar Telias, que se dedicavam à representação de jogadores de futebol, contando entre os que representavam os mais proeminentes jogadores chilenos, como Alexis Sánchez, Arturo Vidal, Gary Medel, entre muitos outros, que tinham conseguido levá-los a jogar na Europa, que era também a minha maior aspiração desportiva”, estabeleceu o antigo jogador da seleção nacional quando era membro da seleção chilena. Claudio BorghiA história de Campos Toro
Relativamente ao montante reclamado, o antigo lateral-esquerdo afirmou que “a maior parte do dinheiro que era suposto eu receber pelo meu trabalho como futebolista profissional foi recebido por eles aqui no Chile, nos seus escritórios localizados na Avenida Vitacura 5250, escritório 1006, Vitacura. Depois, entregaram-mo por transferência eletrónica ou em dinheiro, tudo de forma oculta, porque assim evitavam pagar os impostos devidos, uma vez que não havia registos”.
Além disso, Campos Toro comentou as razões que o levaram a não intentar uma ação judicial enquanto esteve ativo. “Não os pressionei, porque eles sempre me prometeram que me conseguiriam outro contrato para jogar num clube de futebol profissional chileno ou latino-americano, depois de eu regressar da Europa, e também havia um certo receio da minha parte de que me prejudicassem se os contrariasse, tendo em conta que Fernando Felicevich é uma pessoa com muito poder no futebol chileno, de quem se diz muita coisa”, afirmou.