Embora o fim do segundo ciclo de Ariel Holan na Universidade Católica tenha sido decretado na segunda-feira, só esta sexta-feira é que o anúncio oficial foi feito por Cruzados. Posteriormente, o próprio DT, juntamente com Juan Tagle ou José María Buljubasich, deu uma conferência de imprensa para se despedir do clube.
A este respeito, o próprio Holan começou por explicar que “desde segunda-feira concordámos que esta era a melhor coisa para o clube. Demorou alguns dias porque há sempre formalidades legais a cumprir, mas em nenhum momento em desacordo”.
Após essas palavras introdutórias, o argentino não pôde deixar de se emocionar ao expressar seus sentimentos sobre essa despedida da UC. “O primeiro sentimento é de tristeza e frustração. Vínhamos de um ciclo muito bem sucedido no clube, os resultados não foram os melhores nos últimos tempos e são as regras do futebol. Uma mudança de energia será positiva para a equipa. Temos um plantel muito bom, com jogadores que podem dar a volta a esta situação”, afirmou.
“Esvaziámo-nos de nós próprios, demos ao clube tudo o que podíamos. Na exigência e na paixão que colocamos, enlouquecemos mais do que uma pessoa, conseguimos o crescimento de muitos jogadores”, acrescentou.
“ESTOU MUITO ENTUSIASMADO PORQUE AMO MUITO O CLUBE” 😢
⚽️Ariel Holan deu uma conferência de imprensa depois de deixar o cargo de Universidad Catolica DT, onde a emoção superou o transandino.
🎙️ “Obrigado aos jogadores que me aturaram durante 14 meses para treinar da melhor forma”. pic.twitter.com/BQhDESxZ0Z
– DSportsCL (@DSportsCL) 21 de julho de 2023
Balanço da Holan
Ao fazer o balanço da sua segunda época à frente da UC, Ariel Holan afirma que as dificuldades na constituição do plantel foram constantes. “Quando pensamos na defesa, pensamos na experiência, na liderança e na comunicação. Depois, podemos avaliar se acertámos na ideia de reforçar a defesa”, disse.
“No meio-campo, sempre apontámos para o alto, começámos com Bruno Zuculini, depois fomos buscar Galdames, depois Yotún e o clube fez todos os esforços para conseguir jogadores de nível de seleção nacional para virem reforçar o meio-campo da equipa e acompanhar César e Nacho, que eram os médios naturais da equipa”, continuou.
Em seguida, referiu-se às declarações que fez há algumas semanas, quando acusou, e bem, “dificuldades” na sua gestão ao leme do Catolica. “Não se trata de uma prisão onde temos os jogadores acorrentados e não é que queiramos vender por vender. São situações complexas, pelo que, do ponto de vista do senso comum, sabemos que o meio-campo era uma área importante a reforçar, mas não é que não o quiséssemos fazer, é que era difícil fazê-lo. E também as saídas inesperadas, que também causaram alguma instabilidade, e era um pouco aquilo a que Juan se referia na minha conferência, quando disse que estávamos a passar por muitas dificuldades, era isso que eu sentia na altura. Se eu der estas explicações aos adeptos que estão chateados porque os resultados não estão a aparecer, vai parecer que sou um chorão e que estou à procura de desculpas. Tenho muitos defeitos, mas não sou um bebé chorão e não culpo os outros”, afirmou.