Na segunda-feira à noite, o destino do mandato de Ariel Holan à frente da Universidad Católica foi selado. A saída do argentino, iminente nesta altura, ainda não foi oficializada, na pendência de um acordo entre o clube e o treinador. Apesar disso, a lista de substitutos já começa a ser montada, com um nome a surgir com vantagem: o antigo treinador do Magallanes, Nicolás Núñez.
Terça-feira foi um dia de negociações entre Cruzados e os representantes de Holan. No entanto, apesar de a saída não ter sido finalizada, é um facto que Holan não permanecerá no comando da equipa principal do “franjeado”. De facto, o treinador já não orientou o treino de ontem.
O treino foi reprogramado. Em vez de ter lugar de manhã, foi transferido para a tarde e foi orientado por Rodrigo Valenzuela, que será o responsável pela equipa até à chegada do novo treinador.
Por agora, o foco está em acordar o contrato final, pelo que as rondas de entrevistas com os potenciais candidatos a vestir a camisola da UC ainda não começaram.
A lista para substituir Holan parece concentrar-se em candidatos locais.
Enquanto nomes como Eduardo Coudet ou Ricardo Gareca eram atractivos, rapidamente se desvaneceram como alternativas. Alguns, como o “Chacho”, porque ontem ele pegou noutra equipa. Outro, porque parece inacessível do ponto de vista económico.
Por esta razão, as opções de Nicolás Córdova e José Luis Sierra estão a ganhar força.
Embora haja um candidato que parece gerar o maior consenso.
Nicolás Núñez completou ontem o mandato regulamentar, que lhe permite ocupar outro banco na mesma época, depois de encerrar o seu processo de sucesso ao leme do Magallanes, onde conquistou o título do Ascenso, a Copa Chile e a Supercopa.
Formado como jogador nas camadas jovens do San Carlos de Apoquindo, Núñez vem de uma digressão pela Europa, onde não só foi espetador da final da Liga dos Campeões, em Istambul, como também fez um périplo por clubes espanhóis, onde assistiu a treinos, recolheu experiências e reuniu-se com treinadores como Manuel Pellegrini, o “hispânico” Miguel Angel Ramirez e o argentino Diego Simeone.
Desde o seu regresso do “Velho Continente”, vários clubes contactaram Núñez para conhecer as suas condições e o seu projeto. Se os Cruzados não se apressarem com as negociações, podem chegar tarde à compra do altamente cotado “Nico”.
Embora o nome de Nicolás Núñez soe forte e gere consenso em Cruzados, graças à filosofia de jogo e trabalho que implementa, desde o secretariado técnico da UC também têm seguido com atenção os movimentos do mercado de técnicos na região. E um dos nomes mais bem avaliados, e que está disponível neste momento, é o de Carlos Tévez, parecendo uma alternativa que poderia prosperar como substituto de Holan.
O “Apache” tem apenas uma experiência como DT. Foi na segunda metade do ano passado, no Rosario Central, onde, apesar de os números não serem totalmente favoráveis (40% de aproveitamento, resultado de seis vitórias, 10 empates e oito derrotas), a sua mão técnica foi muito elogiada, graças à gestão do grupo e ao jogo apresentado, que reflecte a vasta experiência que teve como futebolista. O próprio Tevez reconhece que o seu estilo mistura o que aprendeu com os treinadores que teve, como Alfio Basile, Carlos Bianchi, Marcelo Bielsa, José Pékerman, Alex Ferguson e Roberto Mancini, entre muitos outros.