“Alcaraz tem o melhor de mim, do Federer e do Nadal”. Com esta frase, após a derrota na final de Wimbledon, Novak Djokovic ungiu Carlos como o candidato a suceder ao “Big Three” do ténis mundial, constituído por Roger, Rafael e ele próprio. Para que não restassem dúvidas, acrescentou que “nunca joguei contra um tenista como ele na minha carreira”.
Com elogios como este, o espanhol em ascensão está a emergir como o substituto exclusivo do trio de jogadores que dominou o circuito nas últimas duas décadas. De facto, as suas conquistas na mesma idade sugerem que poderá quebrar os principais recordes estabelecidos pelos, até agora, grandes jogadores de todos os tempos.
Por exemplo, um dos indicadores mais claros é o ranking. Na época passada, depois de vencer o Open dos Estados Unidos, o espanhol tornou-se o jogador mais jovem a alcançar o número um, com 19 anos, quatro meses e seis dias, deixando para trás, por uma boa margem, o australiano Lleyton Hewitt, que o conseguiu com 20 anos, oito meses e 23 dias.
Em comparação com o tridente estelar acima mencionado, “Rafa” é apenas o 10º entre os primeiros a chegar ao topo do ranking ATP, com 22 anos, dois meses e 15 dias. “Fedex” conseguiu-o aos 22 anos, cinco meses e 23 dias, enquanto “Nole” conseguiu-o consideravelmente “mais tarde”, aos 24 anos, um mês e 10 dias.
Em termos de títulos importantes, “Carlitos” também iguala ou ultrapassa os três concorrentes que a história lhe colocará à frente durante a sua carreira, uma vez que aos 20 anos e dois meses, que é o que tem atualmente, tem dois troféus do Grand Slam, o mesmo que o seu compatriota de Maiorca nessa altura. O suíço e o sérvio não tinham nenhum Grand Slam.
Quanto aos Masters 1000, “Charly” tem quatro no seu armário de troféus. Nesta secção, o seu compatriota tem uma ligeira vantagem, com seis consagrações no outrora chamado “Super 9″ para uma juventude semelhante, enquanto o balcânico tinha duas e o helvético ainda não conhecia as coroações nas segundas competições mais importantes em relevância dentro do tour.
Em número total de taças, mais uma vez o jogador nascido em Maiorca é o que tem uma diferença a favor em relação ao natural de Múrcia. Este último acumula 12 celebrações, contra as 17 que o seu ídolo teve em agosto de 2006, enquanto o de Belgrado teve cinco em julho de 2007 e o de Basileia, apenas uma celebração em outubro de 2001.