Neste milénio, o Colo Colo só se qualificou duas vezes para os oitavos de final da Copa Libertadores. Foi em 2007, quando a equipa de Claudio Borghi foi eliminada nessa fase pelo América do México, e em 2018, quando a equipa de Héctor Tapia passou aos quartos de final, onde foi eliminada pelo Palmeiras.
Esta tarde-noite, a partir das 18:00, a equipa de Gustavo Quinteros procurará tornar-se a terceira equipa “albo” desde 2000 a chegar aos oitavos de final do principal torneio continental, quando receber o Deportivo Pereira com a obrigação de vencer por qualquer resultado, assumindo que o Monagas não vence o Boca Juniors fora. Claro que, para atingir este objetivo, terão de quebrar uma maldição “Monumental”, uma descrição perfeita tendo em conta o seu historial.
Desde 2008, ou seja, nas 15 últimas edições da maior competição sul-americana de clubes, “El Cacique” foi eliminado no sexto e último jogo do seu grupo, sempre a jogar no estádio Macul. Paradoxalmente, nas duas vezes em que passou de fase, foi fora de casa, com a equipa de “Bichi” – já com a qualificação assegurada – a perder 1-0 com o River em Buenos Aires e a equipa de “Tito” a empatar 0-0 com o Atlético Nacional em Medellín.
Em Pedrero, no entanto, os fantasmas têm estado a pairar nestes casos e não foram capazes de ser afastados, apesar de terem tido oportunidades imbatíveis. Talvez a mais amarga tenha sido a de 2011, quando a equipe de Américo Rubén Gallego tinha apenas um empate para vencer o Cerro Porteño por 2 a 0, mas os paraguaios saíram atrás e silenciaram a torcida com dois gols de Jonathan Fabbro – 3 a 2 aos 87 minutos do segundo tempo.
A equipe de Fernando Astengo também precisava de um empate em 2009, contra o “Verdão”, e estava conseguindo. No entanto, Cleiton Xavier silenciou todo o Monumental aos 87′.
Hoje, o Colo Colo precisa de vencer o Deportivo Pereira por qualquer resultado. Eles estiveram nesta mesma situação cinco vezes neste período de tempo, sempre no Monumental, embora com nuances diferentes.
Por exemplo, a eliminação em 2008 doeu bastante, quando a equipa de Fernando Astengo venceu o Atlas Guadalajara por 1-0, mas acabou por empatar e ceder a passagem por um golo de diferença ao Boca Juniors. Em 2016, os “albos” de José Luis Sierra tiveram de vencer o Independiente del Valle, mas empataram sem golos com os eventuais finalistas dessa versão da Copa.
Não foi tão dramático o resultado em 2010, quando o “Cacique” de Hugo Tocalli teve de vencer o Cruzeiro por quatro golos de diferença, mas terminou 1-1. O final da edição de 2020 também não foi tão trágico, já que tiveram de vencer o Jorge Wilstermann por seis golos e, por outro lado, perderam por 1-0, com Quinteros no banco.
O precedente mais recente, também com o argentino-boliviano no banco de reservas, foi no ano passado, quando a obrigação era vencer o Fortaleza e tudo terminou com uma derrota por 4 a 3. Será a terceira vez que o atual treinador terá sorte?