Do Brasil ao Vale do Silício: como dois jovens empreendedores criaram a Brex, uma fintech bilionária que está revolucionando o mercado de serviços financeiros.
Henrique Dubugras e Pedro Franceschi são dois jovens brasileiros que recentemente ingressaram na cobiçada lista de bilionários da revista Forbes. Eles possuem apenas 26 e 25 anos, respectivamente.
Mesmo com a pouca idade, os fundadores da fintech Brex são exemplos de inovação e empreendedorismo no competitivo cenário de tecnologia do Vale do Silício. A empresa que criaram tem hoje uma avaliação de mercado de US$ 12,3 bilhões e é uma das grandes sensações no setor de serviços financeiros para startups.
A jornada de dois visionários
A história de Dubugras e Franceschi é marcada por uma paixão precoce por tecnologia. Henrique, nascido em São Paulo, começou sua trajetória empreendedora aos 14 anos, desenvolvendo jogos de videogame. Pedro, natural do Rio de Janeiro, entrou para a história da tecnologia ao ser o primeiro a desbloquear o iPhone 3G aos 12 anos.
Aos 15, ele também foi responsável por ensinar a assistente virtual Siri, da Apple, a “falar” português. Foi por meio de discussões em um fórum no Twitter que os dois jovens se conheceram e começaram a trocar ideias sobre inovação. O encontro virtual rapidamente se transformou em uma amizade sólida e em uma parceria de negócios.
Em 2013, ainda adolescentes, lançaram no Brasil a startup Pagar.me, uma plataforma de pagamentos online que rapidamente chamou a atenção do mercado e de investidores. A empresa cresceu rapidamente, alcançando 150 funcionários antes de ser vendida para a Stone, gigante do setor de pagamentos.
A criação da Brex e o sucesso no Vale do Silício
Após o sucesso da Pagar.me, Dubugras e Franceschi decidiram tentar a sorte nos Estados Unidos. Ambos ingressaram na Universidade de Stanford, mas logo resolveram abandonar o curso para fundar a Brex em 2017, cujo objetivo inicial era oferecer cartões de crédito corporativos com soluções personalizadas para o cliente.
A Brex rapidamente se destacou no Vale do Silício, atraindo investidores de peso como Tiger Global Management, Peter Thiel e Max Levchin, fundador da Affirm. Em apenas seis meses após o lançamento, a Brex alcançou o status de unicórnio — empresas avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão.
Hoje, a fintech oferece não apenas cartões de crédito corporativos, mas também software de gerenciamento de despesas e soluções de contas bancárias empresariais, sendo considerada uma das startups mais disruptivas dos Estados Unidos.
Inovações que atraem investidores e clientes
O sucesso da Brex se deve, em grande parte, à capacidade da empresa de inovar no mercado de serviços financeiros. Entre os produtos oferecidos estão ferramentas avançadas de gestão de despesas, que ajustam automaticamente os limites de crédito com base no saldo de caixa e na receita das empresas.
Essa abordagem atraiu uma grande base de clientes sedentos por inovação e uma série de rodadas de investimentos de capital de risco. Só em janeiro de 2022, a Brex levantou US$ 300 milhões em uma rodada de financiamento, o que levou a empresa a uma avaliação de mercado de US$ 12,3 bilhões.
A fintech também diversificou sua atuação ao lançar novos serviços, como contas bancárias corporativas, que inicialmente eram um dos principais interesses dos fundadores. Esse perfil inovador fez com que a Brex se tornasse uma referência no setor, sendo eleita pela CNBC como a segunda empresa mais disruptiva dos Estados Unidos, atrás apenas da OpenAI.
Olhando para o futuro: crescimento e novos desafios
A Brex continua em crescimento acelerado e planeja aumentar seu número de funcionários em pelo menos 50% nos próximos anos, além de reservar capital para enfrentar possíveis desacelerações do mercado. Apesar do sucesso, Dubugras e Franceschi mantêm uma postura humilde e focada no longo prazo.
“Estamos obviamente felizes com o que alcançamos, mas há muito mais por vir”, afirmou Dubugras.
A trajetória de Henrique Dubugras e Pedro Franceschi é inspiradora para jovens empreendedores, especialmente no Brasil, onde o ecossistema de startups ainda está em desenvolvimento. O sucesso deles mostra que, com talento, visão e determinação, é possível conquistar espaço no cenário global de tecnologia e finanças.
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