A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou a “violência política” no contexto das eleições no EquadorO Parlamento Europeu apelou ao Estado para que actue “com diligência”, em comunicado divulgado na sexta-feira.
“A ascensão do violência política no Equador está enquadrada num contexto de grave deterioração da segurança dos cidadãos” devido ao crime organizado, afirma a CIDH.
A CIDH, órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), cita a morte a tiros de quarta-feira como um exemplo de “grave deterioração da segurança do cidadão” devido ao crime organizado. do candidato presidencial Fernando Villavicencionum atentado que deixou outras nove pessoas feridas; mas também a morte, em julho, do presidente da Câmara de Manta, Agustín Intriago, e do candidato à Assembleia Nacional, Rinder Sánchez.
“Violência com motivação política não só implica a violação de diversos direitos humanos, como também atenta contra os princípios que sustentam o Estado de Direito e viola diretamente o regime democrático”, insiste a CIDH.
A CIDH também está preocupada com a “efeitos intimidantes e intimidatórios“para as pessoas que participam no processo eleitoral.
A Comissão insta o Equador a “a investigar, processar e punir todos os factos de forma diligente“Os autores e os motivos “materiais e intelectuais” devem ser procurados.
De momento, as autoridades detiveram seis colombianos. pelo assassínio de Villavicencio.
A Comissão apela igualmente às autoridades para que garantam “eleições pacíficas e a respeitar os resultados“das eleições de 20 de agosto.
Durante o primeiro semestre do ano, registaram-se pelo menos 3.513 homicídios no Equadoro que representa um aumento de 58% em relação ao mesmo período de 2022, recorda.
Além disso, os massacres nas prisões causaram mais de 430 reclusos mortos desde 2021.